quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

2011 a demissão.

Ficamos nesta relação por dois meses, e então em Janeiro de 2011 ele disse que estava tentando vir trabalhar na filial da empresa em Guarulhos.

Fiquei contente, não feliz, contente, como eu já disse, eu não sentia por ele o mesmo que eu sentia pelo meu Ex.
Ele começou a fazer planos e estava disposto a dividir os planos dele comigo, a todo tempo ele me chamava de “MOR”, sempre me ligava, enviava torpedos..... Ele era um cara muito carinhoso, porém o que desata uma relação é a convivência.

Então em 02 de Janeiro de 2011 me formei em Arquitetura pelo Mackenzie, eu não estava exatamente feliz, estava satisfeito.
E em 04 de Janeiro a empresa me demitiu, disseram que foi pelo término do projeto, mas sabemos que não foi por isso.
Aceitei a decisão numa boa, afinal não estava mais me encaixando na empresa, eu vivia em atrito com o gerente de loja e com os chefes de departamento, sem contar com os funcionários da loja que eram preguiçosos e fofoqueiros, aquilo me consumia por inteiro, eu estava sempre irritado, estressado, tanto que um dos gerentes uma vez me disse:

- Isso é falta de dar, porque não emagrece? Assim alguém te come...
Então e com a minha educação de lorde inglês eu respondi:
- Olha quem fala, o cara que acumula duas minorias PRETO e residente de Osasco, se enxerga, por mais que você seja um “chefinho” de departamento a sua cor de merda te condena.

Claro que isso é preconceito e ele poderia ter me processado, mas aquelas palavras acertaram ele em cheio, ele simplesmente levantou e saiu.
Ao final do dia, fui até a farmácia da loja, entreguei meu caderno de procedimentos operacionais ao farmacêutico que me abraçou e disse:
-Nossa não acredito, caramba.
Eu apenas sorri e disse, não esquenta, apenas continue sendo essa pessoa que você é. 
Fui embora e nunca mais voltei naquela loja.

Não posso de maneira alguma dizer que não aprendi nada com o pessoal daquela loja, claro, hoje reconheço o quanto eles me ensinaram, mas na época só o que conseguia sentir por eles era desprezo.
Eu acredito que eu era uma pessoa boa, mas não conseguia mostrar isso, pois qualquer ação que eu tomava, soava como um bombardeio na loja por mais que eu mostrasse que era uma alternativa excelente para todos, alguém sempre interpretava de forma errada minhas ações.

Bem me formei, sai da empresa, perdi sim um cargo incrível, o cargo dos sonhos, cargo que muitas pessoas matariam para conquistar,  estava com um diploma, com uma péssima forma física, morando na casa dos meus pais, um EGO incomodo, e o cara estava tentando vir trabalhar em Guarulhos para ficar perto de mim, e eu apenas pensando em explodir o mundo.....
Não encontrei um culpado para aquela situação na qual me encontrava, a não ser eu mesmo. De certa forma após o termino da minha primeira relação, eu me fechei para o mundo, eu não conseguia manter um sentimento concreto por ninguém, apenas queria que o mundo calasse a boca e não respirasse perto de mim.
Basicamente este aspecto me atrapalharia por muito tempo, porém eu não estava preocupado com aquilo, na verdade não estava preocupado com nada, nem comigo mesmo.





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