sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Em casa a briga continua.........

Como eu já mencionei meu quarto ficava na parte baixa da casa, próximo à garagem, então para usar o sanitário, me alimentar, eu precisava subir um lance de escadas, e pulando com o pé engessado, 4,8kg de gesso, e em hipótese alguma eu poderia colocar o pé no chão, também nem podia, ele estava muito inchado, e para dormir era pior ainda.
E claro, meu pai fazia questão de colocar o carro na garagem ou com o escapamento virado para o meu quarto, assim quando ele ligava o carro a fumaça toda entrava no meu quarto, ou muito próximo da porta assim eu não conseguia abrir a porta por inteiro e tinha que ficar pulando, isso quando ele não colocava máquinas na porta do quarto, estruturas de ferro e demais coisas que pudessem me atrapalhar.... 
Ele era bom em me incomodar....
E após dois dias pulando com uma perna só, igual um saci kkk, meu peso e a minha postura estavam afetando minha coluna...
Então decidi ficar na sala, assim teria um melhor acesso ao banheiro e a cozinha, não precisaria pular muito e manteria a coluna em ordem... 
Pra que eu fui fazer isso............
Na mesma noite, meu pai já se empenhou em me atrapalhar, levantou mais de dez vezes e esbarrou na minha perna, claro que de propósito o sofá nem estava no caminho do banheiro e nem da cozinha, aliás no quarto deles há um banheiro, ou seja não há necessidade de usar o da sala.
Fora que ele deixava as luzes da sala, cozinha e banheiro ligadas, o que me impedia de dormir, sem falar da janela que ele sempre abria e não fechava.....
Outro detalhe, ele tem uma televisão no quarto e outra na sala, e ele nunca assistiu TV na sala, sempre no quarto, durante os dias que eu fiquei em casa, ele fazia questão de assistir na sala, sentado no sofá que eu estava, e sempre depois das 02:00 da manhã, claro para atrapalhar o meu sono. Fora a nossa briga pelo banheiro que sempre foi uma batalha interminável, pois ele sempre ficava lá por horas (sem fazer nada) apenas para me atrapalhar, e quando eu entrava ele ficava batendo na porta por que queria usar.....
Bom foram os dias mais terríveis que eu passei, ele deixava a porta aberta, então os cachorros entravam e subiam no sofá, puxava o edredom, aquela bagunça.
E minha mãe vocês devem estar se perguntando.. 
Bom minha mãe sempre trabalhou fora e na época que eu fiquei em casa ela estava trabalhando, então só chegava de noite, então ele tinha o dia inteiro para me atormentar......
Comecei a passar muita raiva e com esse aumento de metabolismo os remédios pararam de fazer efeito e meu pé continuou a me incomodar.
Até que no decimo sétimo dia de gesso, eu não aguentava mais, e liguei para o meu amigo o cirurgião (que ficamos na praia) e perguntei se ele poderia me ajudar, por que eu estava enlouquecendo.
Ele foi até a casa dos meus pais e me levou para a clínica que ele trabalhava, tirou o gesso, fizemos várias radiografias e ele me explicou que o inchaço poderia ser resolvido com algumas injeções locais e que eu não sentiria mais dor, apenas colocaria uma daquelas talas que parecem meias e em dois dias estaria tudo bem.
Ele fez tudo isso sem problema algum, depois me levou para casa e no caminho perguntou se eu não queria ficar com ele um tempo, pelo menos até eu voltar a trabalhar, agradeci a preocupação e aceitei a proposta, afinal eu precisava voltar descansado para a empresa e não enlouquecido.
Fomos até a casa dos meus pais e então recolhi algumas coisas que eu precisava e fomos para o apartamento do meu amigo.
Fiquei o restante dos dias com ele, e ele cuidando do meu pé.
Ele tinha uma paciência enorme comigo, durante há primeira semana que fiquei no apartamento dele, ele ficava na cama comigo até eu dormir e depois ia para o sofá, para não bater no meu pé.
Retornei para casa aos 19 dias de licença para me readequar a rotina
Fui para o meu para o quarto, no dia seguinte meu pé estava ótimo, ainda complicado para firmar no chão, mas não havia mais nenhum inchaço, o que era ótimo.
Meu pai parou de me provocar, e então eu pude descansar pelo menos pelos naquele único dia que me restava.
Embora eu estivesse em um período de experiência na empresa, não acreditei que esta licença me atrapalharia.

Bom, ao término dos 20 dias, voltei para a empresa.........

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