quarta-feira, 10 de julho de 2013

Reorganizando a Vida profissional..... Meu CREA

Desci até a garagem e então o motorista já estava me esperando, nos cumprimentamos e então ele disse:
- Bom dia SR Thyago, vamos para a faculdade?!
Respondi o bom dia e então confirmei afirmativamente.
Durante o percurso o motorista foi me contando praticamente tudo sobre a vida do Celso, falou sobre o casamento, filhos, sobre como a esposa o tratava (para a minha não surpresa a esposa o maltratava e o corneava), disse que o Celso sofria demais com a ex esposa, mas que agora estava mudado, o brilho nos olhos, a pele corada, disse que o Celso estava mudado, pois a muito tempo não o via sorrir do modo como ele estava atualmente.
Sorri e então disse, que bom, as pessoas merecem sempre o melhor.
Ele me olhou pelo retrovisor e então disse:
- Eu sei que vocês estão juntos, conheço o senhor Celso á pelo menos 30 anos, eu era o motorista do pai dele.
Olhei para o motorista ele era um cinquentão bem arrumado, dentes brancos e naturais e cabelos grisalhos.
Disse então, caramba, 30 anos, é muito tempo.
Ele sorriu e disse:
- Você já conheceu a família dele? Os filhos? A ex esposa? A mãe dele?
Respondi que apenas por foto, mas que não era necessário, pois o Celso era um cara muito ocupado.
Ele sorriu e então insistiu na pergunta se estávamos juntos.
Desconversei e então disse que precisávamos chegar antes das 11:00h na faculdade se não teríamos que esperar até as 14:00 para o atendimento retornar.
Chegamos próximo das 10:30h, ele estacionou próximo a secretária e então me acompanhou até a entrada da recepção e ficou na porta.
Fui até o balcão da secretaria para solicitar os documentos necessários para a reimpressão do CREA.
Seria necessário aguardar 20 minutos e então um dos meus professores estava passando pelo bloco me chamo: Thyago?!
Olhei e então reconheci e nos cumprimentamos.
Ele me chamou para a cafeteria para aguardarmos a impressão dos documentos.
Conversamos por algumas horas relembramos do passado, das aulas da turma, dos estágios....
Em alguns momentos percebi que o motorista passava por nós, e ia até o balcão para tomar café, achei normal, afinal eu estava o fazendo esperar.
Então professor começou a lembrar de como eu era (fisicamente) e que agora eu estava mudado, sorri e disse:
- Claro professor, 42kg a menos mudam qualquer pessoa.
-Nossa 42 quilos, então você perdeu praticamente o meu filho kkkkk
Sorrimos e então ele começou a falar sobre a vida pessoal e tal.
Em um certo momento ele disse que havia visto um anuncio meu na internet, e não acreditava que era eu, mas quando me viu no balcão ali hoje, teve certeza.
Eu então respondi, anuncio? Que anuncio?
Ele então falou:
- Boy atendente
Respondi de forma natural, algumas pessoas passam por dificuldades e outras nem tanto.
Ele sorriu e então eu percebi que o motorista estava enviando mensagens de texto, mas não assimilei nada.
O professor então pediu meu numero, para mantermos contato, afinal já que eu estava reavendo o meu CREA, talvez houvesse a oportunidade de trabalharmos juntos em algum projeto.
Passei o meu contato, nos despedimos e então fui ao balcão retirar a documentação.
A atendente então disse que algumas leis seriam revogadas em 2014 e que eu deveria cursar alguma especialização ou Pós com matérias voltadas para cálculos estruturais, como processos construtivos, pois o CREA dos arquitetos passariam a ser o CAU e todos os documentos já emitidos, precisariam da certificação em cálculos para manter o CREA.
Agradeci a informação e disse que pensaria no assunto.
Bom, agora eu deveria ir até o CREA SP solicitar um novo documento.
Informei ao motorista ele sorriu e então fomos a unidade do CREA SP.
Conversamos por alguns minutos e então ele perguntou quem era o cara da faculdade?
Respondi meu antigo professor.
Ele então sorriu e perguntou se já havia rolado algo entre o professor e eu.
Olhei para ele e confesso que iria responder de maneira bem grosseira e dispensar os serviços dele, mas resolvi levar na esportiva.
- Há alguns anos atrás eu pesava 120kg, era cheio de espinhas e se quisesse transar, teria que pedir para alguém fazer o favor de me comer, você acha que um cara como ele, olharia para mim? Disse e sorri.
Ele sorriu e disse:
- Nunca te imaginei com esse peso todo...
Ele então pediu desculpas pela liberdade, mas que sentia como se fossemos velhos conhecidos, sorri e disse sem problemas.
Chegamos ao CREA SP, fui até o balcão para solicitar o documento, e então novamente precisei esperar.
Fiquei quase duas horas e então o atendente informou que o documento só estaria pronto as 16:00h mas que eu pudesse sentar e esperar, informe ao motorista e então ele disse ué, vamos esperar.
Sentamos e então meu celular tocou, era o Delegado (que havia encontrado meu carro, ou pelo menos parte dele), perguntando se eu lembrava dele e tal e se eu poderia comparecer na Regional da Consolação SP, para tratar de assuntos referente ao meu carro.
Informei que sim, afinal o carro ainda era meu.
Falei ao motorista e então ele me levou até a delegacia.
Chegamos rápido na delegacia, fui até o balcão, me apresentei e então pedi para falar com o delegado, o mesmo veio me atender e me chamou para ir até a sala dele.
Entramos e então eu perguntei:
- E então o que houve com o meu carro?
Ele sorriu e então disse:
- Nada, apenas queria falar com você, algum problema?
Respondi nenhum.
Confesso que o cara era realmente bonito, 1,85 de altura, branco, porém com leve coloração resultado do sol, um pouco malhado.
Ele então perguntou o que eu estava fazendo da vida ultimamente, respondi de forma breve.
Então ele levantou, foi até a parte de trás da cadeira que eu estava, colocou as duas mãos no meu ombro apertou de forma áspera, porém delicada e beijou meu pescoço.
Depois voltou para a cadeira dele, ficou de frente para mim e perguntou:
- Tem algum problema?
Respondi não, era apenas isso?
Ele sorriu, levantou, tirou a camisa, mostrando o abdômen, não era definido, porém estava em dia e então pegou minha mão, me levantou e começamos a nos beijar.
Nos beijamos por quase 20 minutos, alguém bateu na porta, ele se recompôs, fechou os botões da camisa, atendeu a porta ficou por alguns minutos e disse que teria que atender uma ocorrência mas que eu pudesse esperar por ele ali mesmo.
Respondi que não conseguiria pois precisava resolver outros problemas.
Ele sorriu e disse, bom te ligarei mais tarde tudo bem?
Respondi afirmativamente e então fui para o carro, ele me olhou com um ar de caçador.
Voltei e o motorista estava enviando outro SMS, desta vez pude ver que ele estava enviando o torpedo para o Celso, mas não liguei os fatos.
Entrei no carro, ele sorriu e então voltamos para pegar o CREA.
Peguei o documento e então voltamos para Guarulhos.
Durante o trajeto ele foi perguntando sobre como havia sido na delegacia e o que tinha acontecido com o meu carro.
Olhei de forma hostil para ele, porém não me atentei sobre como ele haveria obtido esta informação, apenas disse que encontraram mais algumas partes do meu carro e olhei para o telefone como se estivesse vendo alguma coisa.
Ele então enviou outro SMS, não demorou muito e o Celso me ligou.
Conversamos um pouco e então ele disse que estava no apartamento me esperando que tinha boas noticias.
Continuamos o trajeto e então o motorista pediu para pararmos para comer algo, pois ele estava com fome.
Paramos em uma dessas redes de fast food e então comemos e seguimos o caminho.
Cheguei em Guarulhos as 19:30h, o trânsito estava terrível.
Ele me deixou no apartamento e então foi embora.
Confesso que até aquele momento ainda não havia ligado os pontos, bobo eu né.
Entrei no apartamento, o Celso, não estava lá.

Então fui tomar banho. 

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